Uma escola preocupada com a vida das crianças...
Atendemos de 3 meses a 12 anos de idade.
Guaramirim - SC
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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Coisas para fazer no feriado - ou o dia da galinha!

Por essas questões que, garanto, nem Freud explicaria, Joana resolveu querer uma galinha d'angola. E, esperta como ela só, foi logo pedindo à Bisa (sacanagem mor!) e é claro que ouviu:
- Claro, querida, a Bisa te dá uma... só espera um pouquinho que estas acabaram de chocar...
Depois de 15 dias, realmente pensei que ela havia esquecido (como é boa a arte de auto-enganação!), mas no café da manhã de uma véspera de feriado ouço:
- Mãe, o papai não vai trabalhar dois dias?
- Sim, amor, é feriado (Iupiiiii!);
- Que legal! Ele pode fazer o galinheiro pra minha galinha!
- A filha, mas tá tão frio... a pobrezinha vai morrer lá fora... (golpe baixo, eu admito)
- Ah, é só trazer ela pra dormir no meu quarto!
Resolvido.

PatiJensen ainda tem pavor de galinhas... mas é no quarto dela, então tudo bem...

A escola de meus sonhos - Denise Fraga

*Publicado na Revista Crescer, em setembro de 2009, mas pra mim, podia ter sido ontem:
"Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Orleans e Bragança. Não sei por que, mas nunca mais me esqueci do nome inteiro da princesa Isabel. Entra ano, sai ano, e ele continua na minha cabeça. Pra que serve saber o nome todo da princesa Isabel? Pra nada. A não ser para dizer aos seus amigos que você o sabe ainda aos 44 anos, mesmo o tendo decorado aos 11. E por que o decorei? Sei lá. Lembro do nome inteiro da princesa Isabel, mas sou incapaz de me lembrar por que o tenho na cabeça. Coisinha ainda desconhecida esse nosso cérebro, não? Mas me lembro que foi na escola. Também sei ainda de cor algumas datas da História do Brasil, algumas capitais, a tabuada e, curiosamente, algumas palavras ainda flutuam em minha mente, completamente desvinculadas do seu significado. Logaritmo, por exemplo. Não tenho mais a menor ideia do que seja logaritmo.
...
Na escola dos meus sonhos, teria matemática para o raciocínio lógico, xadrez para o raciocínio projetado, esgrima para a leveza e rapidez dos reflexos, história contada em histórias, línguas, interpretação de texto, esportes, muitas idas ao teatro, ao cinema, literatura e arte em geral para a compreensão poética do mundo. Apenas um ou dois professores, muito bem preparados e que ganhassem muito, muito bem para levar nossos filhos a andar pela cidade visitando bairros, fábricas, hospitais, conhecendo profissões, observando e apreendendo o mundo. Duas vezes por semana, aula de Compreensão da Imperfeição Humana. Total utopia. Nossa bandeira leva até hoje um “Ordem e Progresso” retirado da linda frase da doutrina positivista: “O amor por princípio, a ordem como meio e o progresso por fim”. Simplesmente, um dia, alguém achou que não teria problema tirar o amor e deixar só o ordem e progresso. Talvez tenha sido até por falta de espaço. Tiraram “só” o amor! A frase positivista eu não aprendi na escola, mas sei nosso imenso hino de cor, quantas estrelas temos na bandeira e o nome da princesa Isabel. Ah! Na escola dos meus sonhos, teria também uma matéria chamada Amor por Princípio. Perdoem-me. Só utopia.
PatiJensen só acrescentaria música e culinária para, quem sabe, encontrar a escola perfeita...
Priscila Prade
Denise Fraga é atriz, apresenta quadros no Fantástico, casada com o diretor Luiz Villaça e mãe de Nino e Pedro

sábado, 28 de abril de 2012

Van Gogh em dia de chuva

Quem disse que criança em casa, em dia de chuva e fazer faxina combinam? Simples: alguém que não é mãe da Joana...
Primeiro foi a (brilhante) ideia de comer pingo de ouro de garfo (oi?);
Depois resolveu colocar um cachecol no cachorro, afinal está meio frio por aqui (pra sorte dele, passei na frente de balde em punhos quando ainda conseguia puxar um pouquinho de ar...);
Aí, assistindo ao DVD da Moranguinho (ideia genial, hein, dinda?), depois de comer cuca de banana, "organizar" seus brinquedos, e usar todos os meus colares, passou a fazer uma Arte (arte de artista, não de arteiro): - Oh, mãeeeeeeeeeeeeeeeeeeee! Como é mesmo o nome daquele pintor que cortou a orelha?
COMO ASSIM? Me pergunto enquanto corro desabalada da lavanderia até o seu quarto e abro a porta devagarinho, já visualizando o sangue espalhado...
- O que você quer saber, Joana?
- É que eu queria desenhar flor de sóis na minha folha para ver se para a chuva, mãe...

PatiJensen jurou que vai contratar uma empregada... ou uma babá... ou as duas...



Criança tem cada uma...

Então que o pai da minha criança, empolgadíssimo com um assunto, começou a falar meio alto enquanto conversávamos.
Algum tempo depois, vou colocar Joana na cama e ouço:
- Mamis, ouvi vocês brigando, vão se separar?
- Claro que não, amor! Só estávamos conversando...
- Ai, que alívio! Eu ia sentir uma saudade de você...

PatiJensen tá até agora procurando a cara no chão. E acha que não vai mais encontrar...

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Rezar na escola, pode?

Este texto não é sobre religião, é sobre religião na escola. O que é infinitamente diferente.
Lendo um texto muito bom da Mariana Zanotto, do bloghttp://pequenoguiapratico.blogspot.com.br/, me peguei pensando sobre meu próprio comportamento sobre rezar ou cantar músicas na hora da refeição. Como concordo com sua fala em gênero, número, grau e todas as ambiguidades e auês que certamente criou, e o recrio aqui:

"Religião na escola, mas ôe?

...

Com dois anos recém completos, Alice frequentou uma escolinha infantil perto de casa. Nunca morri de amores pela escola, que tinha um espaço bem chinfrim e um estilo meio caretão. Mas ficava a dois quarteirões da minha casa, e isso falou mais alto. Eu achava que a escola não tinha muito como errar com crianças de dois anos, desde que elas brincasses bastante (e brincavam) e fossem bem cuidadas (e eram). Enfim, achei que dava pro gasto...

...Um dia ela juntou as mãozinhas antes do jantar, agradeceu ao Papai do Céu pela refeição e disse amém. Soou na minha cabeça um alarme bem alto e com luzes piscantes. Mané amém, gente! Minha filha não foi para a escola para aprender a rezar, correto? Isso faz parte da esfera privada, das crenças da família. Se eu quiser, rezo com ela. Uma oração católica, ou muçulmana, ou budista, do candomblé, wicca, o que quer que seja. Ou nenhuma. Isso não pode, de forma alguma, partir da escola.

Acontece que existe no Brasil essa mania de se achar que todo mundo é religioso - cristão, para ser exata. É como se nós fossemos cristãos de fábrica. Falar amémvai com Deus ou Deus te abençoe é normal como dar bom dia (na verdade é MAIS normal do que dar bom dia). E isso é legal se demonstra cuidado, carinho, good vibes ou o que quer que seja. Mesmo sem acreditar em Deus, eu não vou me ofender se alguém me diz vai com Deus, claro que não. Vou é agradecer pela intenção (até porque uma bençãozinha de vez em quando nunca é demais). Cada um com a sua crença, descrença ou meia-crença, certo? Mas se a professora da minha filha, dentro da escola, ensina os alunos a rezarem, isso me ofende sim. Pois a professora tem uma responsabilidade que alguém que me diz "vai com Deus" na rua não tem. E botar a criançada para rezar, seja para o deus que for, demonstra: ou uma absoluta falta de percepção de que as pessoas são diferentes, ouuma absoluta falta de respeito com as diferenças.

Enfim, como o Brasil é um país que se diz laico mas de laico não tem nada, a coordenadora ficou completamente surpresa quando eu fui até a escola questionar a reza. Ela disse que aquilo é só uma musiquinha, "sem caráter religioso". Oi? A criança disse amém com as mãozinhas postas - se isso não tem caráter religioso, eu não sei o que tem.

Se a professora ensinasse as crianças a invocarem orixás antes do lanche, será que a coordenadora continuaria achando que isso não tem caráter religioso? Se cantassem uma música hinduísta, ou judaica, para agradecer a refeição, elas seriam só musiquinhas? E se todas virassem em direção à Meca e tocassem as testas no chão? Posso imaginar o escândalo. Mas amém pode. Papai do Céu pode. Porque isso não é religião, imagina.

Bom, se a coordenadora acha que não tem nada de mais, então a escola não serve pra gente, porque o nosso conceito de qual é o papel de uma escola passa bem longe disso."

PatiJensen reza com a Joana todas as noite. Em casa. E não vê diferença entre a professora que reza e a que faz oferendas. Mas na escola, não!

Tô voltando...

Assim eu estou de volta! Com muitas idéias na cabeça e velocidade nos dedos... segurem-se!

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Etiqueta infantil à mesa: frescura ou necessidade?

Falar mastigando a comida não pode. Comer de boca aberta, nem pensar. Levantar no meio da refeição sem pedir licença está fora de cogitação. Ensinar seu filho como se comportar à mesa pode exigir paciência - e muita insistência - mas vale a pena. Quando crescer, ele terá desenvoltura para lidar com todo tipo de situação: de jantar romântico até almoço de negócios.
É claro que cada família tem suas próprias regras em casa, mas vamos combinar que ninguém gosta de almoçar ao lado de uma criança que grita, canta alto ou mostra os novos passos de dança aos pais, né?
Cada criança tem seu tempo de aprendizagem e a regra máxima da educação infantil vale aqui também: paciência, repetição, reforço e modelo. Algumas dicas (fonte):

No restaurante
• A criança sempre deve ser servida primeiro
• Leve algum brinquedinho para que ela se distraia enquanto a comida não chega, até quando tiver 5 ou 6 anos. Depois, ela precisa aprender a esperar um pouco
• Não deixe para comer muito tarde, para que ela não fique irritada
• Se a criança se comportar mal no restaurante, não faça escândalo. Diga que, em casa, terão uma conversa séria - ou vá embora
• Prefira as mesas que ficam nos cantos, para evitar confusão em torno da criança

Até os 2 anos
• Nesta idade, a criança ainda se dispersa e seu prato já deve ser levado pronto à mesa
• Mesmo sendo pequena, ela deve aprender que nem tudo pode ser comido com as mãos

Aos 3 anos
• Os pais podem começar a oferecer o garfo no lugar da colher e um prato fundo, de louça
• Aproveite para ensiná-la que não se deve ficar batendo os talheres na mesa

Aos 4 anos
• A faca, sem ponta, já pode ser oferecida. Comece estimulando a cortar alimentos moles, como batata
• Ensine-o a usar a faca, e não o dedo, para empurrar a comida até o garfo


Aos 5 anos e  6 anos
• O copo deve ser de vidro, mas supervisione tudo para que não ocorra nenhum acidente enchendo-o apenas até a metade

Aos 7 anos
• Você já pode ensinar seu filho a colocar a mesa corretamente: facas do lado direito do prato, garfos do esquerdo, e assim vai...

PatiJensen adora ver crianças dançando... mas não enquanto come...